quarta-feira, 7 de maio de 2008

Por uma UnB sem donos


Por uma UnB sem donos
Chapa 2. Alternativa Livre
Prezados colegas docentes da UnB: hoje a chapa 2 explica por que um dos nossos grandes temas é "por uma UnB sem donos". Falamos aqui das razões que nos levam a sentir com tanta força o tema da apropriação do nosso campus e seus recursos por grupos de interesse que estão longe de ser representativos do professor - cidadão que se dedica integralmente a pesquisar, publicar e ensinar.
Durante os dez anos do período hoje conhecido como a "dinastia Todorov" e que culminou com o timothismo, o nosso campus se tornou vulnerável a vários tipos de "loteamento" e apropriações, ao ponto que são poucos os espaços e estruturas dentro dele que ficaram livres de um controle discricionário por parte de grupos que percebem a coisa pública como uma extensão da sua propriedade particular. Esse loteamento assume diversas formas: ele é propriamente imobiliário, na alocação do campus a fundações que atuam dentro dele com interesse prioritariamente empresarial; acadêmico-departamental, que subdivide áreas de saber e as controla ferreamente em nome de um franco "fundamentalismo" disciplinar; político, que abre as portas do campus para a intervenção do governo federal ou transforma o campus em curral eleitoral para candidaturas; ou sindical, de grupos instalados historicamente na própria ADUNB e cuja máquina controlam. É nesse sentimento e nessa sensibilidade ao controle de grupos consolidados e constituídos cujas lealdades primeiras são com eles próprios e não com a comunidade universitária que nossa chapa se distingue das chapas 1 (herdeira da dinastia Todorov) e 3 (herdeira da máquina da nossa Associação). A nossa lealdade é uma só: a nossa coletividade. E o nosso propósito é um só: contribuir com a reconstituição de um coletivo fragilizado e esfacelado ao longo desse processo de loteamento. Para isso, a nossa chapa apela ao professor de consciência autônoma, de vontade livre da servidão a grupos de interesse particulares: o professor que pensa numa UnB de todos nós.

Quando afirmamos que queremos uma universidade sem donos afirmamos que nossa universidade deve ser preservada contra o retalhamento e a apropriação arbitrária dos seus recursos, espaços, estruturas e máquinas administrativas: somos contrários aos grupos que agem se beneficiando discricionariamente com fundos que são de todos; somos contrários ao aparelhamento da nossa universidade por grupos de interesse político partidário que tentam transformá-la em curral eleitoral; somos contrários às ações - entre - amigos que já se fizeram hábito entre nós. Preservemos o nosso campus para a nossa comunidade e cuidemos para que o professor conte com a redistribuição justa e o acesso eqüitativo e racional a todos os recursos que circulam por nossa universidade.

POR UMA UNB SEM DONOS, DE TODOS E PARA TODOS NÓS!!!!

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